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Trilho da Quinta da Serra

Pequeno percurso circular que começa e acaba junto ao Centro de Interpretação Ambiental da Serra de Montejunto. Interseta, em vários locais, o percurso da EBIO – Estação da Biodiversidade de Montejunto e o PR Trilho dos Currais e Calçada.

Do centro de interpretação desce ao vale e entra na zona florestal com pinheiros-mansos, castanheiros e ciprestes. Segue inicialmente por caminho rural que logo à frente se afasta da zona florestal e percorre uma área mais aberta. Dirigimo-nos para este, avançando ao longo de um pequeno vale aberto, coberto por densa vegetação arbustiva (carrascos e alecrim). As zonas mais planas do fundo do vale são ainda agricultadas. Para o lado direito, a encosta culmina no ponto mais elevado da serra de Montejunto (666 m), onde se encontram instalações de comunicações militares e civis.

Quando atinge o extremo nascente, o percurso ganha vistas panorâmicas para a bacia do Tejo. A partir daqui sobe um pouco, ao longo de um trilho que se vai mantendo quase como calçada natural devido ao calcário que aflora à superfície. Atinge um patamar mais alto e surgem muretes de pedra calcária que delimitam terrenos ao abandono.

A paisagem torna-se bastante aberta à medida que se avança para penha do Meio Dia, onde se situa a torre de vigia. Este patamar apresenta uma vegetação mais rasteira, composta sobretudo por alecrim. O trilho desemboca num caminho mais largo e continua numa pequena extensão até à torre de vigia. Daqui tem magníficas vistas para ocidente e um pouco para norte. Percebe-se parte da costa atlântica, de onde sobressai Peniche e, a quase 50 km de distância em linha reta, o arquipélago das Berlengas com o seu farol no ponto mais alto e os ilhéus dos Farilhões. Também se distinguem as Caldas da Rainha e, mais a norte, a Nazaré. Mais perto de nós, a partir deste local, estende-se para norte a escarpa de falha da penha do Meio Dia.

Regressando pelo mesmo caminho, agora para sul, continua com vistas frontais para o alto da serra de Montejunto. O pinheiro-manso torna-se mais presente ao longo do percurso. A certa altura permite uma extensão de ida e volta, à direita, até ao moinho de vento do Moloiço, o único que ainda é possível observar neste itinerário e que foi testemunha da intensa atividade agrícola que dominou este território. Contorna o pinhal e um terreno agrícola antes de regressar ao ponto de partida.

Épocas aconselhadas

Primavera – floração de inúmeras espécies de flores, sobretudo das pequenas orquídeas.
Verão – visitar a Real Fábrica do Gelo e o alto da serra, onde está mais fresco e onde se encontram as ruínas do antigo Convento dos Dominicanos.
Outono – transição das tonalidades das árvores folhosas.
Inverno – em dias claros e frios é oportuno subir aos miradouros para apreciar as vistas, pois o ar frio do inverno torna a atmosfera mais límpida e com maior visibilidade.