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Romaria de N. Sra. das Neves

Há muitos anos esta festa era organizada apenas por rapazes solteiros. Tratava-se da única romaria existente no concelho, sendo tão antiga que se perde no tempo. É uma romaria puramente tradicional da Idade média.

O dia 5 de agosto é o dia de Nossa Senhora das Neves, padroeira de Montejunto. A festa começava com o peditório da Banda Filarmónica 1.º de dezembro e depois juntavam-se todos, povo e banda e seguiam para a Serra de Montejunto onde se encontra a capela da Nossa Senhora das Neves.

Como não havia ainda estradas, as pessoas iam a pé com o seu farnel na mão, ou então de burro, levando o farnel nos alforges, subindo a serra pelos carreiros.

Quando chegavam ao alto da Serra de Montejunto davam três voltas à capela e entravam. Seguia-se a missa, toda cantada, sendo as orações em latim, sendo estes acompanhados pela banda. O credo era a oração que tinha de estar sempre presente, pois fazia parte da tradição religiosa.

Quando acabava a missa, os romeiros acampavam entre o carrasco e o alecrim, para comerem os seus farnéis.

Depois de comerem a banda tocava e as pessoas dançavam, existindo sempre brigas entre os romeiros e estranhos que por ali apareciam.

À noite a festa acabava, e todos regressavam a Pragança, arrumando as bandeiras e outros objetos religiosos na capela de Pragança, e terminavam cantando a “ladainha”.

Hoje em dia, a Romaria que Ocorre a 5 de agosto e cujo percurso de peregrinação, organizado pela Comissão da Romaria de Nossa Senhora das Neves, tem inicio na aldeia de Pragança (junto ao coreto) e termina no cimo da Serra de Montejunto para a celebração das cerimónias religiosas na Capela Nossa Senhora das Neves, está facilitada, mas os festejos são idênticos, existindo na mesma os festejos religiosos e a peregrinação.

Neste dia a Serra de Montejunto fica apinhada de gente vinda de toda a parte, gente fiel e devota da senhora milagrosa.