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Centro De Recuperação De Animais Selvagens De Montejunto

O Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto  (CRASM), situado na aldeia da Tojeira, é um projeto conjunto da Quercus – A.N.C.N., da Junta de Freguesia de Vilar e do Grupo de Escuteiros de Vilar, tem, desde o início, o importante apoio da Câmara Municipal do Cadaval.

O CRASM faz parte da Rede Nacional de Centros de Recuperação coordenada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), funciona fundamentalmente como uma clínica veterinária para fauna selvagem: os animais que são encontrados debilitados ou aparentemente feridos são avaliados e é feito um diagnóstico, seguido de um plano de tratamento. Este tanto pode ser algo complexo como uma cirurgia para imobilizar ossos partidos, ou um simples tratamento de suporte e alimentação para recuperar animais magros e debilitados. Posteriormente, os animais permanecem nas instalações do Centro, em câmaras de maiores dimensões ou mesmo em longos espaços chamados túneis de voo, para recuperarem a sua condição física e reaprenderem os mecanismos de sobrevivência em estado selvagem. Só depois podem ser novamente devolvidos à natureza no local onde foram encontrados, sempre que isso for possível.

Assim, a missão do CRASM é:

  • Recuperar e devolver à Natureza animais selvagens feridos ou debilitados, possivelmente devido à ação direta ou indireta do Homem;
  • Determinar quais são os fatores de risco para as populações selvagens de espécies protegidas e monitorizar doenças que tenham impacto quer para os animais quer para os seres humanos;
  • Promover ações de educação ambiental junto das escolas e população em geral que mostre a beleza da nossa fauna e as ameaças a que está sujeita, para que com a alteração das mentalidades este precioso bem que é a biodiversidade nunca se perca.

O CRASM funciona inteiramente dependente de doações de particulares e empresas pelo que, se desejar dar o seu contributo para a Conservação dos nossos animais selvagens, poderá fazê-lo de diversas formas designadamente:

  • Entregar animais encontrados feridos ou debilitados;
  • Apadrinhar animais em recuperação;
  • Doar materiais ou equipamentos úteis ao funcionamento;
  • Integrar a equipa de voluntários (Recuperação ou Educação Ambiental).

CONTACTOS

Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto
Rua 1º de Maio, nº 10
Tojeira
2550-076 Vilar CDV

José Manuel Bernardo, tel. 966 775 515
Junta de Freguesia de Vilar, tel. 262 771 060

GPS 39°11’09.44″N | 09°05’06.16″W

INFO EXTRA

O que fazer se encontrar um animal selvagem ferido ou debilitado:

• Aproxime-se cautelosamente, usando uma toalha ou manta para cobrir o animal, de modo a que este não o possa ferir enquanto se debate (Não se esqueça que são animais selvagens, estão feridos e assustados e não sabem que o vai ajudar!).

• Se tiver uma caixa de cartão, preferencialmente apenas um pouco maior do que o animal em si, coloque-o lá dentro. Se não tiver, enrole a toalha que usou à volta do animal para lhe limitar os movimentos, para que ele não se magoe ou o magoe a si. (Se tiver luvas grossas – de cabedal ou de jardinagem – use-as.

• NÃO lhe dê comida ou água. (Se o animal estiver há muito tempo sem comer, ou se a comida não for apropriada para essa espécie, pode ser pior do que ficar em jejum um pouco mais).

• Contacte o SEPNA  (Serviço de Proteção da Natureza da GNR) ou o CRASM para entregar o animal o mais rapidamente possível. Até à recolha mantenha o animal num local calmo, escuro e aquecido.

• Se não se sentir confortável a manipular o animal, contacte diretamente o SEPNA e vigie o animal, se possível, para garantir que não se esconde antes de chegar ajuda.

• Durante as épocas de reprodução pode encontrar crias de ave no chão e pensar estarem feridas. Muitas vezes caíram apenas do ninho na primeira tentativa de voo ou passeio e estão bem e continuam a ser alimentadas pelos progenitores. Nestes casos tente verificar se os progenitores se encontram na zona ou se a ave está realmente ferida (com sangue ou muito debilitada). Pode colocá-la num ramo mais alto para não estar tão desprotegida no chão. Se em caso de dúvida a recolher para entregar no CRASM, registe bem o local onde foi encontrada, pois pode ser possível devolvê-la ao ninho, uma vez avaliada e tratada.